quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Diário de Bordo NY: Dia 2

14 de novembro. Como estávamos muito cansados, quase 10 horas de sono nos caíram muito bem. Acordamos muito cedo e subimos para o café da manhã. Pulamos da cama pouco depois das 7h. Uma ligadinha rápida pelo Skype pra falar com a filhota no Brasil e ganhamos a cidade. A programação do dia estava certa. Às 11h, já havíamos agendado uma visita ao 9/11 Memorial . Às 16h o Rodrigo nos buscaria no hotel para irmos para o show do The Who. O show estava marcado para as 19h30.

Antes de qualquer coisa, meu marido precisava comprar um tênis. Ele ainda estava com a bota que veio do Brasil e, assim como os meus pés, os dele também já estavam ardendo de desejo por um tênis macio e cheio de amortecedores! Seguindo a dica de um amigo dele, saímos à procura de uma loja que, pelo jeito, não existe mais. Buscamos o endereço no Google, corremos para a Penn Station, que fica bem em frente ao nosso hotel. Lá, compramos nossos Metrocards.


Abre parêntese: O Metrocard é indispensável! Você pode comprá-lo nas maquininhas que ficam em praticamente todas as estações de metrô, com cartão de crédito ou dinheiro. Pagamos U$29 por cada cartão que dá direito a corridas ilimitadas, durante 7 dias. Lembre-se que, se for pagar com cartão, você vai precisar digitar o número do seu CEP para concluir a compra. O número é o do seu CEP no Brasil onde é entregue a fatura do cartão que você está usando para fazer a compra. O detalhe é que é preciso digitar apenas os 5 primeiros dígitos. Se você não está viajando sozinho, nem pense em comprar um Metrocard pra ser usado por mais de uma pessoa. Não tem jeito! O cartão não pode ser usado mais de uma vez consecutiva na mesma estação, num intervalo menor que 20 minutos. E vai por mim: serão os U$29 mais bem gastos da sua viagem! Além dos metrôs, ele também é aceito nas linhas de ônibus. Fecha parêntese!

Da Penn Station, pegamos o trem "1" da linha vermelha sentido Downtown e descemos na esquina da 7th com a 18th St. Nosso destino era a Broadway Ave., que usaríamos como eixo para descer até o Financial District, e onde, teoricamente, ficavam as duas lojas da rede que estávamos procurando. Saindo do metrô, andamos três quarteirões até a Broadway, pela 18th e como ainda era cedo, a grande maioria das lojas ainda estava fechada. Mesmo assim valeu a pena! Fizemos fotos incríveis aproveitando a luz da manhã. Descendo a avenida, vimos lojas muito legais, algumas meio alternativas, com preços bacanééééééérrimos e vivemos um pouco da vida new-yorker justamente porque estávamos em uma região pouco explorada pela grande maioria dos turistas. O bairro de Chelsea foi, sem dúvida, o nosso preferido. E voltamos por ali várias outras vezes durante a viagem.






Antes de chegar ao 9/11 Memorial, demos uma passadinha na Century 21 para ver se finalmente achávamos algum tênis que agradasse o Renato. (a loja também vai ganhar um post exclusivo depois, porque depois de 4 visitas beeeeem demoradas, acho que temos bastante a falar sobre ela.) Achamos... e saímos correndo para a entrada do memorial para conseguir chegar no horário. (E aí fomos ver que a grande maioria dos visitantes não tinha hora marcada como nós. Por isso, eles entraram em uma fila considerável, enquanto nós passamos direto para o raio X e detectores de metal. Portanto, se você não agendou, mas quer visitar o memorial, eu acho que dá pra arriscar).

Bem, a primeira impressão que se tem é que, realmente, você está em um lugar especial. As obras não param em hora nenhuma do dia, tem muita, mas muita gente mesmo trabalhando nas novas torres e a presença policial na região é bem marcante. Antes de entrarmos encaramos uma fila e pouca espera, e passamos por um caminho cheio de câmeras de vigilância. Acho que isso faz com que o percurso até o memorial em si seja meio tenso, até porque é inevitável lembrar daquele dia.



Lá dentro, no entanto, o clima é outro. Eu achei que ia encontrar um ambiente pesado, com uma energia ruim. Mas não. Acredito que o trabalho arquitetônico do Memorial foi muito bem feito no sentido de transformar o local da tragédia em um espaço onde se pode respirar fundo. Uma grande área arborizada em meio a tantos prédios modernos, com as grandes piscinas e bamcos onde as pessoas podem se sentar para aprecisar a beleza do lugar, ou para um momento de reflexão. Lindo! Realmente emocionante! Estar ali foi reviver um pouco daquele dia tão triste e perceber que, por maior que seja a tristeza, é possível recomeçar, reconstruir e reviver. Sem contar que o contraste entre a natureza e a frieza dos prédios de vidro é de tirar o fôlego!


Uma coisa chama a atenção no Memorial. Esta árvore, difrente de todas as outras, está em destaque por uma razão muito especial. Ela foi a única sobrevivente aos ataques de 11 de setembro de 2001. Sobreviveu forte à queda das duas torres e permanece inteira, em meio à nova arquitetura do lugar. É de tirar o chapéu!

Saindo dali resolvemos dar uma passada na Century 21. "Já que a gente já está aqui, vamos lá de uma vez", como se a gente fosse conseguir comprar tudo de uma só vez, né?! Doce ilusão! O que é aquela loja, gente??? É tudo muito barato, se você souber garimpar.

A Century 21 foi com certeza nosso lugar preferido pra compras em NY. Deixamos uma boa parte das nossas doletas lá. E valeu à pena cada uma das nossas 4 visitas. o.O Ela também vai ganhar um post especial só dela depois... O que eu posso adiantar agora é que nós ficamos bem umas 4 horas lá dentro e saímos correndo pra não perder a hora do nosso encontro com o Rodrigo.

Chegando ao hotel, deixamos as sacolas no carro e descemos para esperar nosso amigo. Ainda faltavam 3 horas e meia para o show, mas como o trânsito de NY é uma incógnita para quem anda de carro, decidimos não arriscar. Ir de Manhattan ao Brooklyn, já ouvimos falar, pode levar até 3 horas!


Chegamos cedo ao Barclays Center Stadium, estacionamos o carro e fomos comer alguma coisa num Mc Donalds lá perto. Chegamos a pensar que o show ficaria deserto, porque não tinha uma alma viva do lado de fora do estádio. Muito diferente daqui do Brasil, onde as pessoas chegam hoooooooras antes! Mas com assentos marcados, não tem necessidade mesmo, né?

A arena é linda! Ela foi inaugurada em setembro passado para ser a casa do time de basquete Brooklyn Nets. Um projeto de quase U$5 bilhões (!!!!!!!!!!!). Se eu contar que eu não tenho nenhuma foto que presta do show vcs acreditam? Não podia entrar com câmera e meu celular acabou a bateria. Meu marido tirou algumas fotos com o telefone dele, mas qdo ele foi atualizar o IOS do aparelho ele perdeu todas as mais de 400 fotos da viagem. Bacana, né? #sóquenão

As únicas fotos que tenho são do show de abertura, da banda Vintage Trouble. Que banda, viu??? Muuuuuuuuito legal! Vale a pena ouvir!



O lugar é lindo, o show do The Who foi  um showzaço, apesar da gente conhecer poucas músicas. Eles fizeram um show com o repertório do disco Quadrophenia, de 1973. Segundo a Wikipedia "Quadrophenia é o sexto álbum de estúdio do The Who. Lançado em 19 de outubro de 1973, é uma das duas óperas rock em larga escala do grupo. O nome é uma modificação a partir de uma noção não-científica da esquizofrenia, aqui como uma doença de personalidade múltipla; o protagonista da ópera sofre de personalidade quádrupla, cada uma delas associadas a um integrante do The Who. Além de descrever a personalidade de cada membro da banda, os quatro comentários referem-se às quatro músicas-tema que retratam o personagem Jimmy: “Helpless Dancer”, “Doctor Jimmy”, “Bell Boy”, e “Love Reign O’er Me”. Os quatro temas misturam-se na penúltima faixa do disco, uma elaborada peça instrumental chamada “The Rock”. No fim do show eles tocaram as famosas, para a alegria da gente e de 90% do público. Behind Blue Eyes foi a mais mais de todas!


No fim das contas, o lugar ficou lotado, o show foi de arrepiar a gente se divertiu demais! Voltamos para o hotel sem nem lembrar o quanto estávamos cansados e fomos dormir felizes da vida! A aventura estava só começando!


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